E não há lei? Isto não é crime público? Então se a Lei obriga ao voto secreto no PCP o que diz quanto aos votos a "25-30 € conforme as pessoas", às chapeladas (uma dúzia de pessoas inscritas na morada desta militante que ela não conhecia de lado nenhum), além dos empregos de favor nas juntas de freguesia do PSD? O MP não investiga? O Tribunal Constitucional não anula as eleições em que se compraram votos se foi o caso?
Tirei do Jumento, li e recomendo:
A MENTIRA DO DIA D'O JUMENTO
Depois do incidente em que se envolveu com o presidente da PT, Manuela Ferreira Leite decidiu levar a sua "política de verdade" mesmo a sério e garante que não vão haver segredos. Para que não subsistam dúvidas o PSD vai lançar uma nova série de outdoors: Se Manuela Ferreira Leite assegurar que cumpre estas promessas até faço como o outro artista que apareceu na televisão e voto duas vezes nela.
Andam tão distraídos os nossos jornalistas em campanha – e por vezes até dá a impressão que têm uma campanha própria, ofendem-se com o que dizem uns e vão-se queixar aos outros – que ainda não se lembraram de indagar onde param, ou hão-de ir parar, os deputados que elegemos.
PSD e CDS/PP podem parecer irmãos desavindos aos eleitores desta vez (em 2004 estavam ambos no Governo e concorreram mesmo coligados) mas vão ser aliados e companheiros de luta no grande Partido Popular Europeu – de Ângela Merkel a Silvio Berlusconi – que começou por ser o grupo europeu do CDS em 1987 e 1989, quando este partido era democrata-cristão, contava perto de 900 mil votos e elegia quatro deputados europeus.
Pois, desta vez não desgostei! Falo da sua entrevista ao novo jornal i. Nos blogues, os destaques que vi são a aparente atrapalhação do candidato do PSD quando se confessa antigo "compagnon de route" do CDS/PP - "participei nuns conselhos" - e a ligeira confusão sobre a data da sua adesão formal ao PSD - "tenho um problema com as militâncias".
Foi o que me levou a ir ler na íntegra a entrevista de Paulo Rangel ao i. Pois no fim de contas, pela primeira vez nesta campanha, achei-o espontâneo e verdadeiro. Com posições desempoeiradas em várias matérias sensíveis.
Assume os ideais do federalismo europeu sem papas na língua (maizena ou outras) mas com realismo e estou de acordo com ele. Explica com total credibilidade as razões porque sendo favorável a um referendo europeu, concordou que na situação actual da Europa se justificava "um avanço mais intergovernamental do que popular", o que também me pareceu sensato.
Também demonstra ter ideias arejadas, e no fundo muito críticas, quanto às mais polémicas das posições da Igreja Católica, de que faz parte. É pela ordenação das mulheres, pelo fim do celibato dos padres. Assume-se como "radical activista" contra as posições da Igreja em matéria de anticonceptivos e na questão dos homosexuais. Se Bento XVI sabe disso ainda manda excomungá-lo.
Pois quanto à sua posição na Igreja vai mais longe do que ia Guterres em 1995 em vésperas da sua primeira vitória eleitoral. Sei porque o entrevistei então para o Semanário
e lembro-me perfeitamente como as posições descomplexadas de Guterres a favor da ordenação de mulheres e contra o celibato dos padres escandalizaram alguns católicos ortodoxos como Marcelo Rebelo de Sousa.
Fico a aguardar com cufriosidade a nota que o Professor Marcelo irá dar ao seu "mau aluno" Rangel na próxima homilia dominical.
Em tempo: Continuo a considerar Vital Moreira o melhor dos cinco. Mas ainda faltam duas semanas para as eleições.
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